Tipos de reservatórios de água: características, aplicações e critérios de projeto

Fernanda Carolina Borges • 30 de outubro de 2025

Projeto de captação e utilização de águas pluviais


  • Veja o conteúdo deste post

    • A importância dos reservatórios no abastecimento contínuo de água
    • Tipos de sistema de abastecimento de água
    • Normas para o dimensionamento de reservatórios de água
    • Tipos de reservatórios de água
    • Critérios para o dimensionamento de reservatórios
    • Erros comuns de dimensionamento
    • Aplicação em projeto na BFS Engenharia
captação de água da chuva em um telhado em um dia chuvoso

Introdução


Os reservatórios de água são elementos fundamentais em projetos de instalações hidrossanitárias. Eles garantem o abastecimento contínuo, a regularização da pressão e o armazenamento de água potável. Além disso, eles também cumprem funções de segurança, como a reserva para combate a incêndio, e contribuem para o conforto e eficiência do uso diário.


Neste artigo, vamos apresentar os principais tipos de reservatório de água, suas aplicações em edifícios, critérios de dimensionamento e as normas técnicas que orientam sua utilização.

Sistema de abastecimento de água


Para compreender a importância e o papel dos reservatórios de água dentro de um imóvel é necessário primeiramente entender quais são os tipos de abastecimento de água e quando utilizar cada um deles.


Sistema Direto:


O sistema de abastecimento direto (Figura 1) em um imóvel é quando a alimentação de água é feita através da rede pública, direto para os pontos de consumo, sem a utilização de um reservatório de água. Esse tipo de abastecimento é incomum pois apresenta diversas desvantagens, entre elas o risco de parada de fornecimento de água (devido a manutenções e problemas na rede pública), oscilações de pressão que causam desconfortos aos usuários, a criação de bolsões de ar na tubulação que prejudicam o escoamento interno e causam desconforto, e também o fato de ter um funcionamento que vai contra as recomendações da NBR 5626 (Instalações Prediais de Água Fria), a qual orienta que o imóvel deve possuir um reservatório domiciliar o qual garanta autonomia para pelo menos 24 horas de consumo de água.

esquema ilustrativo do funcionamento do sistema de captação pluvial (água da chuva)

Imagem: Abastecimento Direto

Sistema Direto com Reserva Superior:


Esse tipo de sistema é muito comum em residências, pois o abastecimento de água vai da rede pública diretamente a um reservatório de água localizado no pavimento superior do imóvel (Figura 2). Esse tipo de sistema não provém de estação de bombeamento e nem reservatório inferior. É utilizado quando a pressão disponível na rede é superior a perda de carga e ao desnível que há até o reservatório superior. Pode atender edifícios pequenos (de até aproximadamente 9 metros), se a pressão da concessionária for suficiente para tal. Acima desse limite, a pressão disponível na rede pública normalmente não é suficiente para elevar a água até o reservatório, tornando necessário o uso de sistemas complementares, como bombas de recalque ou reservatórios inferiores.

fórmula para cálculo do volume dos reservatórios de água vindos da captação pluvial

Imagem: Abastecimento com Reserva Superior

Sistema Direto com Bombeamento:


É quando há a instalação de uma estação de bombeamento ligada entre a rede pública e o reservatório de água superior (Figura 3). Esse tipo de sistema não costuma ser aprovado pelas concessionárias (e vai contra as orientações da NBR 5626) pelo fato de acabar ocasionando riscos de contaminação, instabilidade e desabastecimento de água para os imóveis vizinhos.

tabela da NBR 15527 sobre o tratamento de água de acordo com o uso pretendido

Imagem: Abastecimento Direto com Bombeamento

Sistema Indireto com Reservatório Inferior e Superior:


É quando a água chega da concessionária até um reservatório de água inferior, localizado geralmente no subsolo ou térreo do imóvel e, a partir dele, é elevada para o reservatório de água superior, por meio de uma estação de bombeamento (Figura 4). Em alguns locais, como em Santa Catarina, a legislação define proporções mínimas para a divisão entre reservatório inferior e superior — no caso do Decreto nº 1.846/2018, determina-se que 60% da reserva total deve ficar no reservatório inferior e 40% no reservatório elevado. No entanto, essa exigência não é uniforme em todo o país, podendo variar conforme o estado ou até mesmo conforme normas municipais e concessionárias locais.


Essa divisão é adotada em alguns locais para equilibrar segurança e eficiência no abastecimento: o reservatório inferior, maior, funciona como reserva estratégica contra falhas da rede e reduz a sobrecarga estrutural no edifício, enquanto o reservatório superior, menor, garante a continuidade no fornecimento mesmo em caso de falhas momentâneas no bombeamento.

tabela da NBR 15527 sobre o tratamento de água de acordo com o uso pretendido

Imagem: Abastecimento com reservatório inferior e superior

O sistema indireto com reservatório de água inferior e superior é o mais utilizado em edifícios, porque garante autonomia no abastecimento, mantendo reservas suficientes mesmo durante interrupções da rede pública. Ele também evita a ligação direta de bombas à rede, prática proibida por normas e concessionárias, reduz o risco de falhas no fornecimento, permite maior controle e facilidade de manutenção e atende plenamente às exigências técnicas e sanitárias, tornando-se a solução mais confiável e padronizada para edificações de múltiplos pavimentos.

Normas para reservatórios de água


Os principais documentos normativos que orientam o projeto hidrossnitário e a execução de reservatórios de água são:


  • NBR 5626:2020 – Instalação predial de água fria e água quente;
  • NBR 15527:2007 – Aproveitamento de água de chuva;
  • NBR 12217:1994 – Projeto de reservatório de incêndio;
  • Regras específicas de cada Corpo de Bombeiros estadual.
  • NBR 15575-6:2021 (Edificações Habitacionais – Desempenho) – Parte 6: Sistemas Hidrossanitários


Tipos de reservatórios


A definição do tipo de reservatório de água a ser utilizado está diretamente ligada à demanda de armazenamento da edificação. Além disso, fatores como o local de instalação, características de abastecimento da região, a facilidade de manutenção e o custo também influenciam na escolha.


Esses reservatórios podem ser instalados de maneira enterrada (subterrâneos) ou de superfície.


Nas construções, é possível optar por reservatórios de água pré-fabricados — com destaque para os modelos de polietileno e fibra de vidro, que são os mais comuns — reservatórios em aço inox, castelos da água ou executados no próprio local (moldados in loco). A capacidade de cada reservatório de água varia conforme o consumo diário do imóvel e as características arquitetônicas do projeto.


Reservatórios industrializados


De forma geral, os reservatórios de Polietileno são mais indicados para residências e pequenos edifícios, devido a sua praticidade, leveza e custo reduzido. Já os reservatórios de Fibra de Vidro são indicados para grandes volumes e uso intensivo, devido a sua resistência mecânica e longa vida útil.


Abaixo listamos as principais diferenças entre eles:

esquema da captação de água pluvial em uma edificação residencial

Imagem: Comparativo entre reservatórios industrializados de polietileno e fibra de vidro. | Fonte: Autor

Os reservatórios podem ser encontrados em formato de “Caixa da Água” (Figura 5) ou “Tanque” (Figura 6).

Imagem: Reservatórios em forma de Caixa da Água. | Fonte: Fortlev e Bakof Tec

Imagem: Reservatórios em forma de Tanque | Fortlev e Bakof Tec

Reservatórios em Aço


Os reservatórios em aço inoxidável têm se tornado uma alternativa moderna e eficiente para aplicações prediais e industriais. Sua principal vantagem é a elevada durabilidade e resistência à corrosão, o que garante longa vida útil e reduz a necessidade de manutenção. Além disso, o aço inox não altera as características da água, preservando sua potabilidade conforme os requisitos da ABNT NBR 5626:2020.


Esses reservatórios são indicados para ambientes onde há maior exigência sanitária e estética, como hospitais, laboratórios e edifícios comerciais de alto padrão. Suas desvantagens envolvem o custo inicial mais elevado e a necessidade de instalação cuidadosa para evitar choques galvânicos com outros materiais metálicos.

Castelos d'Água:


Os castelos d’água são estruturas elevadas que têm a função de armazenar água e fornecer pressão constante por gravidade ao sistema de distribuição. São amplamente utilizados em sistemas públicos de abastecimento, condomínios verticais e instalações industriais, especialmente quando a pressão da rede pública é insuficiente ou intermitente. Sua principal vantagem é garantir o fornecimento contínuo de água, mesmo em situações de falta temporária de abastecimento, além de eliminar a necessidade de pressurizadores elétricos em muitos casos. As desvantagens estão relacionadas ao custo de construção, manutenção da estrutura e às exigências de segurança e estabilidade conforme as normas estruturais e sanitárias vigentes. Quando bem projetados e dimensionados, conforme diretrizes da ABNT NBR 5626:2020, os castelos d’água são soluções eficientes e duráveis para regularização de pressão e reserva estratégica de abastecimento.

Imagem: Projeto de um castelo da água em um condomínio com 04 torres | Fonte: BFS Engenharia

Reservatórios Moldados in Loco:


Os reservatórios moldados in loco são soluções adotadas em projetos que exigem grande capacidade de armazenamento de água, como indústrias, edifícios e condomínios.


Eles apresentam como principais vantagens a alta durabilidade, a possibilidade de atender grandes volumes de armazenamento e a flexibilidade ao projeto hidrossanitário, já que podem ser dimensionados sob medida para cada empreendimento. No entanto, também possuem algumas desvantagens, como o custo elevado de execução, o maior prazo de obra devido à cura e à impermeabilização, o risco de fissuras e infiltrações caso a execução não seja bem controlada, além da manutenção mais complexa em comparação a reservatórios pré-fabricados.


No caso dos edifícios, esses reservatórios devem ser compartimentados em duas ou mais células, garantindo que eventuais manutenções possam ser realizadas sem a necessidade de interromper o fornecimento de água.

Sua configuração geométrica e volumétrica deve assegurar o fluxo contínuo e uniforme da água, evitando áreas de estagnação que possam comprometer a qualidade e a potabilidade. Dessa forma, a renovação constante ocorre pela circulação equilibrada entre a água que entra e a que é destinada ao consumo.


Adicionalmente, recomenda-se que os cantos internos sejam arredondados ou chanfrados e que o fundo possua uma leve inclinação direcionada ao bocal ou flange da tubulação de limpeza, o que facilita tanto a impermeabilização quanto os procedimentos de higienização.

Imagem: Reservatórios moldados in loco. | Fonte: NBR 5626

Reserva Técnica de Incêndio


A Reserva Técnica de Incêndio (RTI) é o volume de água que deve ser obrigatoriamente mantido disponível e exclusivo para uso em situações de combate a incêndios. Esse volume não pode ser utilizado para consumo humano ou qualquer outra finalidade cotidiana da edificação. Ele é uma exigência prevista pelas legislações estaduais e pelas Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros, que definem o volume mínimo de acordo com o tipo de ocupação, área construída e risco de incêndio.


A forma mais comum de armazenamento da RTI em edifícios é a reservação por cota hidráulica, na qual a água destinada ao combate a incêndio é armazenada em um reservatório exclusivo ou compartimentalizado, posicionado em nível estratégico para alimentar diretamente os hidrantes e sprinklers com pressão adequada. Para garantir que o consumo predial não utilize essa água, o sistema é projetado com tubulações e bombas dedicadas, separadas da rede de uso geral, muitas vezes com válvulas de bloqueio e níveis de cota distintos, de modo que a RTI permaneça sempre reservada exclusivamente para situações de incêndio. Essa configuração assegura que a reserva esteja disponível de forma confiável, mesmo quando há alta demanda de água no restante do edifício.



Em geral, as reservas técnicas de incêndio em edifícios são armazenadas nos mesmos reservatórios de água potável, porém com saídas de distribuição em cotas separadas de forma a assegurar que a RTI não seja consumida para outros fins (conforme ilustra a Figura 8).

Imagem: Armazenamento de RTI por meio de cota hidráulica. | Fonte: Sistemas Prediais Hidráulicos e Sanitários (Roberto de Carvalho Júnior)

Imagem: Fachada do Cestto Wenceslau | Fonte: BFS Engenharia

Critérios para o dimensionamnto de reservatórios


De forma geral, o cálculo envolve dois fatores principais: o consumo de água da edificação e a reserva técnica exigida por normas ou legislação local.


Consumo diário de água:

O consumo diário de água é determinado a partir da tipologia da edificação, do número de usuários e do padrão de ocupação. Este parâmetro define a demanda mínima que o reservatório deve atender.


Reserva técnica de Incêndio:

A reserva técnica de incêndio é o volume de água destinado a situações emergenciais para combate a incêndio. Este volume deve ser separado do consumo cotidiano e armazenado de forma a garantir que sua utilização não seja comprometida. Normas técnicas e legislações locais definem requisitos mínimos para essa reserva, assegurando que o sistema de abastecimento continue operando de forma segura em situações críticas.


Erros comuns de dimensionamento


Os erros mais comuns no dimensionamento de reservatórios de água geralmente estão ligados à falta de atenção ou à interpretação inadequada das normas, são eles:


• Ignorar a reserva técnica de incêndio (não considerar a RTI na capacidade dos reservatórios);

• Desrespeitar normas e legislações locais (cada estado ou município pode ter exigências específicas para consumo, volumes mínimos e reserva técnica); 

• Não considerar o tipo da edificação e áreas construídas (aplicar fórmulas padrão sem considerar o número real de usuários e características da ocupação).


Cada projeto é único e precisa ser analisado individualmente. Todas as variáveis precisam ser levadas em consideração. O exemplo de dimensionamento abaixo ilustra a importância de se ter atenção a todos estes fatores.



Exemplo prático de dimensionamento


Para ilustrar como os critérios de dimensionamento se aplicam na prática em um projeto hidrossanitário, pode-se destacar um empreendimento residencial, que contou com as soluções em projetos da BFS Engenharia:



Para dimensionamento da reserva total de água do empreendimento abaixo, foi necessário realizar um estudo acerca das normativas da SANEAGO (Companhia Saneamento de Goiás), de forma a conseguirmos realizar o correto dimensionamento de acordo com a legislação local. Em seguida, determinamos o número total de pessoas da edificação, de acordo com a tipologia e características do empreendimento:

O emprendimento conta com um reservatório de 2.500 litros para armazenamento de águas pluviais. Esse sistema garante o reúso eficiente da água em diversas aplicações, como:


  • Irrigação de jardins;
  • Abastecimento das bacias sanitárias das áreas comuns;
  • Lavagem de áreas externas e veículos.


Além de reduzir o consumo de água potável, o projeto promove economia operacional, contribui para a sustentabilidade urbana e reforça o compromisso do empreendimento com soluções ambientalmente responsáveis.

Imagem:Determinação da população e consumo diário | Fonte: BFS Engenharia

Como o empreendimento em questão é localizado em Goiânia-GO, de acordo com a legislação local (Resolução nº 305/2008 – CG), o consumo diário por pessoa pode variar conforme a área construída (em m²) das unidades habitacionais. Neste caso, levando em consideração as características da ocupação, considerou-se 200 L/pessoa/dia para as unidades que se enquadram na faixa de 101 até 200 m² de área construída, e 300 L/pessoa/dia para as unidades entre 201 até 300 m².

A reserva técnica de incêndio - de acordo com as características do edifício, as normas técnicas e exigências do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) - para este empreendimento é de 35.000 L. Esse volume foi analisado e calculado por uma equipe especializada em projetos preventivos contra incêndio da BFS Engenharia, garantindo que o dimensionamento esteja em conformidade com os requisitos de segurança e a legislação vigente.



Logo, a reserva de água total deste empreendimento foi:

A determinação da reserva total de água entre reservatórios inferior e superior deve ser feita com base na NBR 5626:2020, a qual traz recomendações, mas não impõe percentuais fixos. A prática comum é dividir o volume em 60% para o reservatório inferior (onde a água da rua é recebida) e 40% para o superior, mas essa proporção pode variar conforme a legislação local, as condições do abastecimento público (como instabilidade no fornecimento de água ou energia) e as características arquitetônicas do empreendimento, como altura da edificação, espaço disponível para reservatórios e capacidade estrutural da cobertura.



Neste contexto, a legislação municipal de Goiânia não estabelece percentuais específicos para cada reservatório, deixando a critério do cliente definir a forma de distribuição entre eles.


No presente empreendimento, embora a legislação municipal exigisse apenas a reserva mínima correspondente a 1 dia de consumo, a concepção arquitetônica e estrutural possibilitou a adoção de um volume para 1,7 dia. Essa escolha está em conformidade com a NBR 5626:2020, que estabelece como limite máximo 3 dias de reserva. Dessa forma, priorizando a segurança e o conforto dos moradores, o cliente optou por manter a reserva para, aproximadamente, dois dias de reserva.


Lembrando que a disposição final dos volumes também deve considerar as capacidades comerciais do reservatórios pré-fabricados disponíveis no mercado, o que muitas vezes resulta em volumes superiores ao projetado.


Considerando a RTI no reservatório superior, os espaços disponíveis no projeto, as medidas comerciais dos reservatórios, as considerações da legislação local e do cliente, chegou-se na seguinte distribuição:

Aqui na BFS Engenharia, os estudos e cálculos de reservatórios são realizados já na fase de estudo preliminar do projeto, de forma a antecipar definições que impactam diretamente na concepção estrutural, arquitetônica e de instalações e evitar retrabalhos em fases mais avançadas do projeto.

Imagem: Reservatório superior em concreto armado | Fonte: BFS Engenharia

Imagem: Reservatório superior em concreto armado (isométrico) | Fonte: BFS Engenharia

Imagem: Reservatório inferior (dois tanques de Polietireno) | Fonte: BFS Engenharia

Conclusão


O correto dimensionamento e a adequada escolha dos reservatórios são fatores determinantes para a eficiência e a segurança das instalações prediais, além de impactar em custos. Atender às normas técnicas e às exigências locais assegura autonomia no abastecimento, estabilidade de pressão, preservação da qualidade da água e disponibilidade da reserva técnica de incêndio. Portanto, os reservatórios devem ser tratados como elementos estratégicos do projeto hidrossanitário em conjunto com o projeto preventivo contra incêndios, garantindo desempenho, confiabilidade e conformidade em qualquer tipologia de edificação.


Para saber mais sobre as nossas soluções em projetos hidrossanitários, entre em contato com um de nossos especialistas.

Conteúdo desenvolvido por Fernanda Carolina Borges, Engenheira Civil e Analista de Equipe na BFS Engenharia.

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